
Que esse Novo Ano que se aproxima seja uma porta aberta para novos sonhos, renovações de fé e muita Paz para o nosso mundo.
Feliz Natal e próspero Ano Novo.
A tendência moderna de abolir todo esforço ético ou pessoal não prepara um verdadeiro progresso realmente humano. (Leónia Milito)
O Colégio SEC, preocupado com as mudanças no quadro de vestibulares e o acesso à Universidade, apresentou Palestra com o tema Educação para a vida e preparação para o vestibular: o papel da escola, do aluno e da família; com a Doutora Mônica Waldhelm, mestra pela Universidade Federal Fluminense e doutora em Educação pela PUC-Rio. A palestra teve como público alvo familiares, alunos e professores do SEC. Antes, alguns alunos fizeram uma apresentação de duas músicas. O evento foi realizado no Salão de Convenções da Capps.
Iniciam-se os jogos estudantis de Miracema – JEM 2009
A primeira edição do JEM foi realizada no ano de 2006, com a participação de 8 escolas, trazendo 3 categorias (A, B e Livre) e apenas 4 modalidades (Handebol, Futsal, Vôlei de Quadra e Basquete) – neste ano o Escola Campeã foi a Escola Municipal Solange Moreira.
No ano de 2007 excluiu-se a categoria livre e foram incluídas novas modalidades (Natação, Vôlei de Areia, Xadrez, Atletismo), assim, os jogos ficaram com 8 modalidades e sendo disputadas por 10 escolas, o colégio que consagrou Campeão nesta edição foi o Colégio CIEP 267.
No ano de 2008, os jogos não foram realizados.
Em 2009, os Jogos Estudantis serão promovidos pelo Departamento de Esportes da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Prefeitura de Miracema, serão realizados de
Este ano, o Futebol de Campo foi incluído e contará com a participação de 12 escolas, disputando as modalidades de futebol de campo, futsal, vôlei de quadra e de areia, basquete, handebol, xadrez e atletismo.
Participarão dos Jogos: as escolas municipais Álvaro Lontra, Capitão João Bueno, Silvestre Mercante e Professora Solange Coutinho Moreira; colégios estaduais Ciep 267, Deodato Linhares, Prudente de Moraes, Manoel Rodrigues de Barros e Instituto de Educação; Colégios Particulares Cenecista Nossa Senhora das Graças; Sistema de Ensino Contemporâneo (Sec); e São José.
Todos os alunos que ficarem com as colocações de 1º e 2º lugar em cada modalidade serão agraciados com medalhas, de ouro e prata (respectivamente). Outra novidade está relacionada com as classificações das escolas (1º, 2º e 3º lugares), pois serão 2 campeãs, uma na categoria B (até 14 anos) e outra na categoria C (até 17 anos), receberão troféus como prêmio representando suas colocações finais.
Participamos nesta segunda de Futebol de Campo (categoria A), Vôlei de Quadra Feminino B (medalha de prata), Vôlei de Quadra Masculino B (medalha de ouro).
Parabéns aos nossos alunos.
Na semana da criança, do professor e do médico decidi parar para refletir e comecei assim:
O aluno precisa entender que entre a aula dada e a conhecida prova existe um processo que só depende dele: ATITUDE PARA ESTUDAR. Criou-se um paternalismo na Educação que queimou essa etapa e isso gerou um alunado que se acha no direito de exigir que o professor dê em suas provas questões EXATAMENTE como as que ele deu em sala de aula, sem tirar nem pôr, invertendo, assim, as posições. O professor limitado é hoje para o aluno o professor “bonzinho”, aquele que não se dá e nem cobra de ninguém um avanço que exige raciocínio, disciplina, exercício de inteligência, percepção, conhecimento, pesquisa, estudo... É preciso tomar cuidado com isso, professores e alunos, porque isso não interessa a quem pretende fazer Educação com seriedade. Ainda que paguemos agora, não dá mais para fingir que está tudo bem. O aluno reclama de tudo que exige dele; o professor exigente é um chato; o professor que não cede, por princípios, é um carrasco; o professor que não falta é um “desgraçado”, e danam a jogar praga nele. Deve ser por isso que bate um desespero na hora do juízo final, quer dizer, na hora do Vestibular e agora também do Enem. Aí é um Deus nos acuda; o aluno, para se livrar das culpas e de suas omissões, sai atrás de culpados; os pais, ao perceberem o desespero dos filhos, pegam a Escola pra Cristo. A Escola, assim como os pais e o próprio aluno, tem que assumir o que fez, o que faz e o que deixou de fazer. Infelizmente estamos diante de uma geração que não sabe pesquisar, sabe muito pouco filtrar uma informação e, consequentemente, não sabe formar opinião e o que é pior, não aprendeu a ESTUDAR em decorrência das falsas facilidades que o sistema gerou. Tentamos mudar isso e não tem sido fácil. Vejo atitudes inocentes de nossos alunos. Há pouco, na semana que antecedeu ao “ex-falso-futuro-vigarista-enem”, os alunos que prestariam o exame me pediram que os liberasse da Avaliação Semanal, alguns por malandragem; outros porque iriam fazer, na véspera, um simulado. Confesso que fiquei preocupada com aquilo, não acho inteligente fazer um simulado às vésperas de uma prova tão mal definida como a do Enem. E disse isso a eles na ocasião. Não deu outra!
O Enem é um programa perfeito, mas já provou que não tem como dar certo da maneira como está sendo implantado. Fiquei me perguntando sobre como deveria ser o simulado que nossos alunos, por iniciativa própria, iriam fazer. Sei como tudo funciona para o bem e para o mal e quero dizer que os cursinhos e muitas escolas estão APENAS mudando o cabeçalho dos simulados que antes eram UERJ, UFRJ, UNICAMP, USP e agora, por oportunismo, viraram Novo Enem! Preocupante!!!!
Corremos sérios riscos quando não sabemos fazer uma melhor leitura do que “rola” por trás dos interesses. Gostaria que esses alunos fizessem uma comparação entre os simulados gerais e a prova que vazou do Enem e entendessem a minha preocupação.
O Brasil não está preparado para esse tipo de prova, porque temos uma geração de jovens nada leitores. Fiz uma pesquisa discreta entre nossos alunos sobre quem recebe, em casa, jornais Escritos e revistas periódicas e, surpreendentemente, percebi que minha geração - hoje pais de nossos alunos - que fez a diferença porque tivemos acesso ao Jornal Impresso que nos oportunizou a ler, reler, pensar, repensar, recortar, colar, sujar as mãos e... criar opinião, está colaborando para a morte de um veículo que sempre fez tão bem a diferença entre os demais.
Cheguei a aconselhar nossos alunos a trocarem o simulado da véspera por uma boa leitura de Jornal, de uma revista Super-Interessante, ou mesmo Veja. É mais saudável, nutre muito mais o raciocínio e o ego do que descobrir, na véspera, que “estudou pouco” Análise Combinatória.
Recentemente entrei em sala de aula para ler com os alunos de sétimo ano o livro Casa Grande e Senzala EM QUADRINHOS de Gilberto Freire. Segundo eles e uma avó educadora, o livro é difícil e complicado. Descobri que todos tinham um caso como referência para ilustrar o que está colocado, magnificamente, no livro. Uma tetravó pega no “laço”, uma avó que inflou o rosto com toxina botulínica, também conhecida como "Botox”, assim como o índio inchava os lábios com recursos bem parecidos, um caso de assombração, as almofadas de casa com estamparias orientais, a identificação do nome tão esquisito do hotel fazenda Gamela onde iremos passear e, infelizmente, descobri também que ler é uma tarefa que eles não conseguem fazer sozinhos, porque ainda não sabem viajar na leitura, se não forem guiados.
Analisando o nosso trabalho deste ano de 2009, preciso confessar que deixamos a desejar na parte de leitura e produção de texto. O que me consola é saber que não pecamos tanto quando não exigimos que lessem inúmeros livros, porque nossos alunos não são autônomos para isso e fingir que são é empurrar a verdade para frente. Coincidentemente na semana que iniciamos a leitura de Casa Grande e Senzala a revista Veja (23/09/2009) trouxe em sua capa a seguinte manchete: Açúcar, acharam o culpado e a reportagem que fala sobre os males provocados pelo açúcar cita Gilberto Freire
Com carinho,
Terezinha Lopes
Assisti a um programa Globo Ciência que, entre vários assuntos, tratava do tema shopping center. O programa me levou a pensar e a sentir necessidade de mostrar para você, meu aluno, o quanto é importante entender o que está por trás de tantas belezas inventadas pela inteligência humana.
Todos nós, por fazermos parte de um grupo privilegiado, já estivemos em um shopping center. Indiscutivelmente é encantador e maravilhoso. Mas, ao entendermos shopping center como fascinador e perfeito, estamos cometendo um erro de leitura. Digo, erro de leitura, porque leitura é algo maior que ler e se bastar das informações contidas à primeira vista. Faz parte da leitura, por exemplo, do que venha ser um shopping center, a capacidade de analisar as intenções que estão além das aparências. O mesmo acontece com um texto escrito que, por mais que seja “imparcial”, tem sempre algo do seu criador.
Com certeza você, ao entrar em um shopping Center, tem a sensação de estar entrando no paraíso. Luzes, cores, pessoas bonitas, espelhos, vidraças, escadas rolantes, isso tudo faz parte de uma leitura, a leitura aparente. Passada a primeira leitura, podemos ir para uma outra leitura mais aprofundada que exige reflexão e análise. Essa leitura nasce assim:
Você já percebeu a localização das fantásticas escadas rolantes dos shoppings centeres? Já se sentiu meio perdido e dando voltas para encontrar a escada de subida ou de descida? Isso acontece não porque você é bobo ou “da roça” como permitimos que nos classifiquem. Isso acontece com os espertinhos e metropolitanos também. Esse efeito é criado e premeditado para que as pessoas circulem mais pelo shopping. Observe que a escada que sobe está sempre oposta à que desce, diferentemente das escadas funcionais, como as dos prédios residenciais que costumam ser únicas e apenas mais largas.
Já se sentiu deslizando ao pisar? Temos até a sensação de que vamos derrapar, mas nem nos importamos, porque há coisas que nos chamam mais atenção que cair ou não, naquele momento. O piso usado nos shoppings centeres foi estrategicamente “bolado” para passar essa sensação e fazer com que as pessoas andem mais devagar e possam “apreciar” mais e melhor as vitrinas.
Os shoppings centeres nasceram nos Estados Unidos e são tão americanos que ninguém conseguiu traduzir essas duas palavrinhas mágicas para o português. Isso também nos leva a pensar.
No Rio de Janeiro tentaram criar um shopping aberto, uma tentativa frustrante de resolver dois problemas; o dos camelôs, tentando tirá-los das ruas e o problema provocado pelos shoppings centeres que é o da exclusão de um tipo de consumidor. Não teve jeito, ninguém conseguia falar shopping aberto, logo logo o carioca rebatizou o shopping como camelódromo.
Você já deve ter percebido que as pessoas frequentadoras dos shoppings centeres são aparentemente bonitas, alegres, felizes e sem problemas. Já se esbarrou também em palavras como Sale, Off. Por fazermos parte de um grupo privilegiado, ainda que não saibamos a tradução de sale, concluímos depressa, pelo modo como a loja se encontra, que se trata de liquidação. Junto ao sale vem sempre as porcentagens 20%, 50%, 70% e muitos “xizes” em vermelho. Nada disso nos intimida, porque fazemos parte das pessoas bonitas e bem tratadas que passeiam pelos shoppings. Mas existem as pessoas intimidadas que não se enquadram nesta categoria. É intencional, os shoppings centeres excluem aqueles que nâo têm poder aquisitivo para consumir seus produtos. Quantas vezes fomos ao shopping com o firme propósito de “só dar uma olhadinha”. “só passear” e... acabamos fazendo um lanchinho, comprando um chaveirinho, aquela bolsa linda e com um preço imperdível. Ninguém escapa dessa armadilha.
Não precisamos nos sentir culpados por nosso comportamento, afinal os shoppings centeres foram inventados não porque nós pedimos, e sim, porque as políticas públicas permitem e colaboram. Como? Já se sentiu aliviado e seguro ao entrar em um shopping center? Tudo bem, eles foram criados para unir prazer e consumo, oferecendo segurança, conforto, higiene, coisas que o poder público nos nega e nos tira com a corrupção, o desvio de verbas, a omissão, o assistencialismo vicioso, os conchavos com as grandes redes do comércio. Nos shoppings centeres você não tem que conviver com pessoas pedintes tocando seu braço, implorando centavos, não vê crianças abandonadas e exploradas vendendo balas, não ouve ninguém gritar “assalto”, ninguém fantasiado de mau gosto, humilhantemente ao sol escaldante, na porta de lojas assustadoramente desarrumadas. Os excluídos dos shoppings centeres sentem-se tão bem nessa “muvuca” quanto nós nos sentimos nos shoppings centeres. Não há nada de anormal, aparentemente, nessas duas realidades, o que há de errado está na primeira leitura que, como o poder público (políticos), não nos permite pensar, analisar e concluir com os recursos de uma nova e ampliada leitura. Tenho certeza que, daqui a um tempo, quando você entrar em um shopping center fará uma nova leitura de tudo que está ali envolvido e comprovará que ler está além das aparências.
Terezinha Tostes Lopes